domingo, 7 de agosto de 2011

Capítulo 33

Thank you!! :D Um agradecimento mais especial a uma Viajante de Blogs, por seguir a história e deixar sempre um comentário, e Sparrow, por não gozar muito comigo :)

O dia começou cedo, bem mais do que Susana gostaria e adivinhava-se longo. Não se tratava de nada menos que a noite mais lucrativa do ano e a loura teria que estar presente quase de madrugada para ajudar nos preparativos. Acordar cedo para dar no duro não costumava ser problema, mas isso era antes de trabalhar de noite e erguer ainda de manhã. Simplesmente não era como Daniela a quem três horas de sono bastavam, Susana precisava de oito para funcionar correctamente. Saboreou os últimos momentos dentro dos lençóis, antes de se levantar.
Antes de mais nada, deu os bons dias à rapariga, que o mais provável seria estar a dormir finalmente as suas três horas diárias, muito para desconsolo da loura. Procurou o que necessitava para tomar o pequeno-almoço, tentando não fazer quaisquer barulhos que acordassem a avó. Mesmo com os seus melhores cuidados, acabou por fazer mais barulho do que deveria, resultando em a idosa assomar à divisão.
“Bom dia, Suse”, cumprimentou a senhora, sorrindo antes de abraçar a neta, “Não conseguias dormir?”
“Bom dia…”, retribuiu a loura, deixando o leite ferver por fora, sujando o fogão, “Foda-se!”
“Deixa estar eu trato disso”, apressou-se a idosa a dizer, começando prontamente a limpar o leite vertido, “Vais sair?”
“É a noite mais rentável do ano, tenho que ajudar a preparar tudo”, clarificou Susana, “A Dani vai lá ter logo à noite”
“Ai tu matas-te a trabalhar…”, queixou-se a avó, perfeitamente consciente do pouco descanso que a loura tinha, “Eu vou passar o serão com a Dona Rosa, mas não fico até tarde que essas andanças já eu não aguento”
“Faz a avó muito bem, eu não ia querer deixá-la sozinha”, disse a neta, cujo peso da consciência havia sido removido, “Tenho pena de não puder ficar consigo”
“Já me aturas todos os outros dias do ano”, consolou a senhora, afagando o braço da loura enquanto esta despejava os cereais na taça, “Hoje trabalhas mas pelo menos podes tentar divertir-te que mereces”
Susana assim o esperava, se o seu trabalho fosse outro qualquer, estaria a desesperar. No entanto fazia o que gostava e ainda era paga por isso, não se ia queixar. Mal se despachou despediu-se da avó e foi buscar as chaves da mota. Antes de ir para o local de trabalho, parou num café, pois sentia as pálpebras pesadas como chumbo. Tirou um cigarro e pediu um café, se Daniela era a maior viciada em cafeína, chegando a beber três por dia, por algum motivo seria. Mal levou o líquido escuro à boca arrependeu-se logo, mesmo com açúcar era amarguíssimo e sabia pior que mal. E a namorada que conseguia beber sem açúcar…
Ao chegar ao fim do café, muito para seu alívio, colocou uma pastilha na boca, para tirar aquele sabor. Tinha que ir andando, dirigiu-se para o bar, constatando que já se encontrava lá a grande maioria dos empregados. Cumprimentou-os e foi ajudar.

2 comentários:

  1. Se viesse aqui parar antes, teria começado a comentar antes, disso tenho a certeza. :)
    É impossível ficar indiferente a uma história destas.
    Quanto ao capítulo foi mais para "aguçar o bico". Será que essa noite trás algo de especial ?
    É incrível como apenas através da escrita, fico sensibilizada com a situação daquela idosa, que parece ser uma daquelas velhinhas super amorosas. :')
    Aguardo (sempre) por mais.
    Uma viajante dos blogues :) *

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  2. Oh obrigada nada, estou-me a guardar para quando gozares comigo ter mega vingança muahahah xD
    A dares a entender que isto estava mau e afinal...até está bem bom :)

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