sábado, 19 de fevereiro de 2011

Capítulo 8


“E tudo está bem quando acaba bem”, pensou Guida para si. Decerto que podia abandonar o que estava a fazer por uns minutos, só para ir lá abaixo felicitar Susana e “Dani”. Foi o que fez, tentando demorar o menos possível, dirigiu-se a elas e a primeira coisa que disse quando viu Daniela foi, “A Dani precisa de um Danoninho”
“Oh Guida sê um bocadinho mais simpática, sim?”, pediu Susana enquanto revirava os olhos. Aproximou-se da sua melhor amiga e murmurou-lhe ao ouvido, “Eu fiz a minha parte, agora não te esqueças do que prometeste”
Em condições normais, a rapariga de olhos verdes teria pegado num balde e vomitado o jantar, mas estava a simpatizar com a amiga de Daniela. Achava particularmente piada ao cabelo vermelho que lhe fazia ressaltar os olhos esverdeados. “Hm, pode ser que isto não seja assim tão mau…”
“Susy, vai comer a tua miúda e sai-me da frente”, disse enquanto caminhou em direcção à tal rapariga. Pelo caminho observou o seu reflexo numa superfície brilhante que se encontrava por perto, o seu cabelo escuro caia-lhe pelas costas de forma perfeita, fazendo contraste com os olhos límpidos, que faiscavam com as luzes, a pele era deveras branca o que lhe conferia, um ar ingénuo, apesar de ela ser tudo menos isso. Resumindo, estava com bom aspecto.
“Posso oferecer-te uma bebida, querida?”, disse com o seu ar mais “fofinho”, enquanto olhava para a rapariga de alto a baixo. Ficava mesmo querida quando corava e acenava que sim. “Duas caipirinhas! Meta na conta da Suse”
Guida estava capaz de jurar que tinha ouvido um “Vai para o caralho” ao longe mas decidiu ignorar, de momento a sua atenção pertencia exclusivamente à rapariga de cabelo vermelho. “Como te chamas?”
“Obrigada pela bebida, chamo-me Marta e tu, oh boa?”, disse Marta sem a menor ponta de vergonha, afinal estava mais que habituada a situações destas, só que esta era bem mais gira que o costume.
“Margarida…lembra-te bem pois vais gritar pelo meu nome mais tarde”, ela nem sabia de onde tinha surgido tanta confiança, claro que com rapazes era uma coisa, mas nunca se tinha dado ao trabalho de sequer pensar em engatar uma miúda.
“Primeiro prova-me que isso não é só garganta”, picou Marta, de forma provocante.
Foi o suficiente para que Guida lhe tirasse o copo da mão e a beijasse, sem demoras nem hesitações. Afinal até que não era mau, pensou. Não estava na sua maneira de ser, ser gentil nem calma. Passou a língua pelos lábios da miúda de cabelo vermelho e colocou-lha na boca. Apesar de ser um pouco bruta não era por isso que deixava de beijar bem. E pôde verificar que com Marta o caso era o mesmo, estava provado que beijava lindamente.
Já se previa que o clima não demoraria muito a aquecer, daí a outra ter terminado o beijo, com a cara vermelha e já sem fôlego, “Continuamos num sítio mais privado”
Guida pegou-lhe na mão e encaminhou-a para a saída. Percorreram a distância que ia do bar até ao carro desta e, sem se conterem mais, voltaram-se a beijar contra a porta. Era difícil procurar a chave quando se tinha alguém a beijar-nos o pescoço, foi a conclusão a que a morena chegou. Quando finalmente abriu a porta, foi empurrada para dentro por Marta, que a deitou no banco de trás, sentando-se-lhe com as pernas uma de cada lado do corpo.
A rapariga de olhos verdes não perdeu tempo a puxar a camisola da outra. Massajando-lhe o peito. “Estar com uma rapariga até que não era nada mau”, constatou Guida, à medida que sentia a outra beijar-lhe o pescoço novamente. Fechou os olhos e deitou a cabeça para trás, sentindo a outra desapertar-lhe a camisa. Nem sequer duvidou por um bocado que fosse que não conseguisse levar isto até ao fim.
“Vai abaixo”, disse enquanto agarrava nos cabelos vermelhos de Marta. Aquele estava a ser o minete da vida dela, à medida que a outra continuava, passando-lhe a língua pelo clítoris. Não ia durar muito mais tempo, cravou as unhas longas nas costas de Marta, gemendo esse mesmo nome. Tinha que admitir que foi melhor que qualquer rapaz até agora. Agora vinha o mais difícil, retribuir o favor.
“Olha, nunca fiz disto antes com uma rapariga, por isso vais ter que me dar umas indicações”, pediu ela. Se havia coisa que detestava era não ser bem sucedida à primeira.
“Ora bem, amor, começa por me fazer o que te fiz”, disse Marta num tom autoritário.
Guida assim o fez e começou a imitar os movimentos da rapariga mais experiente.
“Começa por me beijar o pescoço…isso”, disse a rapariga de cabelo vermelho enquanto fechava os olhos, saboreando a sensação.
A morena beijou-lhe o pescoço, deixando uma marca para “marcar território”. Desceu mais um pouco o mordiscou ao de leve no peito da outra, chupando-lhe os mamilos. Depois de dar o mesmo tratamento aos dois, continuou a descer, deixando um padrão de beijos e contornou-lhe o umbigo com a língua, conseguindo fazer com que Marta gemesse o seu nome. Mas ainda não estava satisfeita, queria fazê-la gritar.
Em vez de continuar a descer como Marta fez, voltou a cima e beijou-a. Levou a mão à boca da rapariga, que a lambeu, percebendo a ideia. Depois, sem aviso entrar dentro de Marta, fazendo com que esta gemesse de prazer. “Sim, acho que já lhe apanhei o jeito”, pensou com um sorriso triunfante. O facto de Marta lhe ter mordido o ombro com força, ao ponto de sangrar um pouco só contribuiu para a sua sensação de sucesso.
Pouco tempo depois a rapariga vem-se, beijando-a novamente. Pena que Guida lhe tivesse caído em cima, adormecida, de tão esgotada que ficou.

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